Homossexualidade

Ah! A antiga, mas atual questão que deixa a humanidade confusa e muitas vezes violenta: a homossexualidade.
Como pode algo receber tanta atenção, tanta discussão e tantos atentados como esse assunto; que na verdade “fica atrás” de várias outras questões muito mais importantes, mas que recebem menos cuidados. Com certeza, uma das explicações pra isso é a epidemia que o sexo se tornou, mesmo ainda sendo um tabu, mas que parece controlar todos os aspectos de nossas vidas.
Quero aqui propor questões para reflexão, haja visto que nada ainda sobre o assunto é 100% garantido e/ou provado, mas que pode servir de “estudo” e, no mínimo, nos fazer pensar sobre o assunto... e esse é o intuito maior do texto, pois quando pensamos descobrimos a vida e “segredos” até então escondidos de nossos olhos por nossa própria responsabilidade e medo. É assim que começamos a viver e nos tornar humanos.
Comecemos pensando: por que existem tantos homossexuais no mundo? Ora, alguns podem responder que é doença. Doença? Estaria o mundo todo contaminado com um “microrganismo” que causaria tal moléstia? E se a resposta for positiva, por que será que toda a população mundial não simplesmente se contamina? Podem responder que tais pessoas seriam imunes. Mas então, por que os descendentes de tais pessoas imunes não seriam também imunes, já que muitos homossexuais têm pais heterossexuais, e vice-versa? E mesmo que digam que a questão é genética; nesse caso os culpados dessa doença seriam os pais, que transmitem tal “gene deficiente” para seus filhos? E se respondem que a seleção natural tem algo a ver com tudo isso, de alguma forma estranha, por que será que a própria seleção natural não está impedindo que nasçam mais homossexuais? Bem, acho que essas questões não fazem muito sentido, porquanto homossexualidade não é doença.
Aí vamos para outra questão: homossexualidade como desvio de caráter. Se só assim o fosse, como explicar “tendências” homossexuais (e não estou me referindo a Freud e seus estudos sobre desenvolvimento infantil) que perdura durante toda a vida, começada na infância e, mesmo não conhecendo ou não ter tido nenhum tipo de contato sexual, o indivíduo ainda sente tal preferência homossexual? Isso acaba derrubando, em certo ponto, a teoria da homossexualidade como sendo um trauma de infância (abuso sexual).
A próxima questão é: homossexualidade é pecado! Ah! Talvez esse seja o argumento mais absurdo de todos. Pois que tal explicação não tem fundamento. É apenas algo fácil de se falar e simplificar demais o que não se entende. Tal argumento vem de fanáticos religiosos e, como todo fanatismo, não tem crédito algum. Sim, tentam provar pela Bíblia que tal comportamento é um pecado (quem não se lembra de Sodoma e Gomorra?). Então, o velho testamento foi escrito por homens, que podiam errar sim. Além do mais, o que não prega amor, respeito e caridade na Bíblia, não faz muita diferença. E discriminação “em nome de Deus” é a ignorância de achar que O conhecem por completo, achar que sabem tudo sobre a “verdade absoluta”.
Derrubadas tais especulações, vamos refletir sobre o tema, no aspecto da espiritualidade, que é o intuito desse blog.
Se for verdade que nós, enquanto espíritos, não temos “sexo”, a homossexualidade seria uma “prova” disso, porquanto Deus pretenderia mostrar que o amor verdadeiro não tem limites, nem sexo, nem idade, tanto que há homossexuais, bissexuais e heterossexuais vivendo na Terra. Deus mostra todos os tipos amor que pode haver, mas que, ao mesmo tempo é um só, já que o amor é da alma, não do corpo físico (esse proporciona o prazer físico do amor, mas não o sentimento em si). E, mesmo que digam, os espiritualistas, que a homossexualidade é uma “expiação e prova” para determinado ser, é um aspecto que deve ser vivido, pois é vivendo, tentando, experimentando que se aprende, e estamos aqui justamente para isso.
Não há necessidade de discriminação e/ou abstenção da homossexualidade. Deus só quer mostrar que a Verdade Divina é o amor verdadeiro. Equivocado está quem usa esse amor de forma errada e transforma o sexo em promiscuidade (e isso não é exclusividade dos homossexuais, todos sabem disso... isso é uma questão moral antes de tudo). De qualquer forma, não nos cabe julgar; cada um terá que arcar com as conseqüências de seus atos um dia.
O que importa, acima de tudo, é que nós não sabemos a verdade absoluta e não podemos ser orgulhosos a ponto de achar que a sabemos; porquanto é preciso aceitar os aspectos e a diversidade da vida, que é tão rica, pois a vida é sábia e Deus é sábio. Tudo que existe tem seu propósito de ser e, pensando assim, podemos ser mais humanos, mais irmãos e mais “vivos”.